Quando é ainda bébé, os pais de Harry Potter são mortos por Lord Voldemort, um perigoso feiticeiro. Anos mais tarde, o jovem Harry descobre que está destinado a tornar-se num grande feiticeiro e a derrotar Voldemort, tendo em conta a forte ligação entre os dois.
Baseado nos livros da autoria de J.K. Rowlings, Harry Potter começa a sua saga cinematográfica com The Sorcerer’s Stone, realizado por Chris Columbus (argumentista de Gremlins e Goonies, realizador de Mrs. Doubtfire). Columbus sempre foi um cineasta algo irregular, conseguindo criar alguns filmes de culto e realizando filmes para a família. Com os dois capítulos iniciais da saga, o realizador assina os dois filmes mais fracos e infantis da franchise, com um tom mais ligeiro. 
Talvez tal seja necessário (diz-se que os livros também o são), especialmente tendo em conta que os protagonistas, Harry, Hermione e Ron, são apenas crianças aqui. No entanto, estamos perante uma realização básica pouco arriscada, como se Columbus fosse apenas um realizador de encomenda. The Scorcerer’s Stone e The Chamber of Secrets são os dois primeiros filmes da saga,ambos assinados por Columbus e ambos com o mesmo tom infantil. Apesar disso, as críticas foram bastante boas e o sucesso comercial enorme (estrearam em Novembro de 2000 e 2001), especialmente no filme de abertura. A nível de elenco, descobre-se Daniel Radcliff, Emma Watson e Rupert Grint (como o trio de protagonistas) e temos alguns dos maiores nomes do cinema britânico: Alan Rickman, Maggie Smith, John Hurt, Kenneth Branagh e Richard Harris, que viria a falecer após a produção do segundo filme.
Com a morte de Harris, o plano da Warner Bros de estrear cada filme da saga em todos os meses de Novembro é atrasado. Em vez da espera de um ano como aconteceu com os dois primeiros capítulos, desta vez o mundo teve de esperar ano e meio. Em Julho de 2003 estreia então The Prisoner of Azkaban. O elenco está todo de regresso, com a adiçaõ de Michael Gambon como Dumbledore, substituindo Harris, Emma Thompson e Gary Oldman como o suposto vilão do filme. Na realização temos também uma novidade: o mexicano Alfonso Cuáron (Children of Men). E é aqui que as coisas melhoram! Cuáron deixa para trás o tom infantil de Columbus e assina uma terceira parte mais negra e adulta, tons que se manteriam até ao fim da saga. Temos assim aquele que é, para muitos, o melhor filme de Harry Potter, uma obra segura e algo arriscada que consegue superar as críticas dos seus antecessores.
Ano e meio depois, Harry Potter volta a estrear em Novembro (em 2005) com o quarto capítulo, Goblet of Fire. Continuamos a ter adições ao elenco, desta vez de Brendan Gleeson e do grande vilão Voldemort, Ralph Fiennes. Na realização, também uma novidade: Mike Newell, realizador britânico por detrás de Four Weddings and a Funeral. Mantendo o tom negro e mais adulto introduzido por Cuáron, Goblet of Fire é uma boa aventura que tem ainda tempo para os dramas da adolescência, fase da vida das personagens. No entanto, a qualidade decresce, apesar dum último acto muito bem conseguido e que marca o futuro da saga. Novamente, a crítica é bastante favorável e o sucesso comercial mantém-se em grande.
Continua…
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